"DO AMOR NA FLORESTA DO SER"
Sempre Vivi numa Floresta,
em que não há pastores ou ovelhas, mas o Som da Flauta, dos Tambores, das
Folhas e Galhos com o Vento, das Chuvas, dos Pássaros, do Ritmo dos Bichos, das
Cores das Flores, dos Sabores dos Frutos, que me guiam com a Voz que vem do
Coração.
Segui ao léu, fui além das minhas vontades, porque questionei o
sofrimento mas não ao curso da vontade alheia..
Fui um Ser Identitário com os esquecidos, com as Luas,
com as Lobas, com as Estações..
Cheguei na melhor das descobertas..
Parei! No estágio em que há a descoberta do Amor e, quase
me transformei nele..
Não me fora concedido o benefício de seguir esse curso,
como um Riacho que se deixa eLevar em Águas correntes..
Faltou-me a oportunidade de compreender o que aprendi
acerca disso, o quanto eu possa e o tanto eu consiga com o Ser Amado, para com
o Ser Amado..
Faltou-me o direito de Amar, o direito de pedir pelo Ser
Amado, não de estar comigo, mas de estar Bem, de Sentir-se Bem naquilo que faz,
naquilo que busca.
Recebi muito desse Amor que Sinto.
Só me falta fazer com que esta Felicidade Plena atinja e
tinja de Ternura o Ser que me presenteou com este Amor. Uma maneira de
Agradecer e dividir o que recebi por aceitar o outro, assim mesmo como o é..
Por Mariane Ribeiro nas Monções de
Kallil Gibran
(imagem: arquivo pessoal)